Bolsonaro diz que acabou ‘pacote de maldades’ para homem do campo

Vinicius Lobato
Por Vinicius Lobato
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira, 16, durante inauguração da planta de biogás da Raízen, em Guariba (SP), que acabou o ‘pacote maldades’ para o homem do campo. A declaração foi dada após o presidente defender o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e citar indiretamente o presidente França, Emmanuel Macron, como aquele “que sempre está na vanguarda para nos criticar”.

“Eu lembro quando passei em Osaka (Japão) e tive um encontro com o presidente de um grande país da Europa que quase sempre está na vanguarda para nos criticar. Ele queria que nós ampliaremos de 12% para 20% a quantidade de áreas demarcadas como terras indígenas em meu país”, disse Bolsonaro. “Nenhuma reserva foi demarcada até o momento”, disse enquanto era ovacionado. O presidente também elogiou o projeto do Almirante Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, por permitir que o índio possa “fazer a sua vontade, explorar seu território da melhor maneira que seja-lhe útil.” Em seguida, ainda se referindo ao episódio de Osaka, Bolsonaro afirmou que “acabou o tempo em que um chefe de Estado ia para fora e voltava para cá com um pacote de maldades, onde quem pagava a conta, era geralmente o homem do campo”.

Ministério do Meio Ambiente

Salles vem sendo alvo de críticas pelos altos focos de fogo e alta devastação da Amazônia e no Pantanal, além do desmantelamento de órgãos fiscalizadores como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em defesa do ministro, Bolsonaro afirmou que escolhe pessoas técnicas para o “seus” ministérios. Sobre o MMA, o presidente disse que o “ministério que realmente não atrapalha a vida de vocês. Muito pelo contrário, ajuda-os e muito”. Em seguida, o chefe do Executivo aproveitou para criticar as autarquias. “Relembrem há algum tempo como o Ibama e o ICMBio tratavam vocês e como esse tratamento hoje em dia é dispensado. Nós não criamos dificuldades para vender facilidade”, argumentou o presidente ao afirmar que é bem “quisto” pelo pessoal do campo e do agronegócio.

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