Transparência Internacional aponta ‘retrocessos’ no combate à corrupção no Brasil

Vinicius Lobato
Por Vinicius Lobato
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Relatórios da Transparência Internacional apontam que o Brasil passa por retrocessos no combate à corrupção. Segundo a organização, os dados demonstram uma “progressiva deterioração do arcabouço institucional anticorrupção no país”, sobre a qual o presidente da República e outras autoridades têm responsabilidade direta. Em nota, a ONG afirma que “os relatórios confrontam diretamente recentes declarações de Bolsonaro sobre ter ‘acabado’ com a Operação Lava Jato porque em seu governo ‘não há mais corrupção’”. Como fatores de retrocessos, os documentos citam as investigações sobre o presidente Jair Bolsonaro, falta de transparência dos acordos de leniência e decisões tomadas no Supremo Tribunal Federal (STF), que resultaram em “maior insegurança jurídica”.

Os relatórios destacam também uma perda de independência da Procuradoria-Geral da República e “ameaças de desmantelamento das forças-tarefas do Ministério Público Federal”. A Transparência Internacional aponta ainda que não houve avanço do Brasil no combate à corrupção transnacional, um dos principais objetos do estudo. As análises divulgadas nesta terça-feira, 13, foram enviadas ao Grupo de Trabalho Anti-Suborno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e para o Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo. O Palácio do Planalto informou que não irá se manifestar sobre os relatórios.

*Com informações da repórter Letícia Santini 

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