A Arábia Saudita será destino no “road show” de técnicos do governo para apresentar a investidores projetos do Novo PAC. A visita ao país do Oriente Médio está prevista para o segundo semestre deste ano, e a ideia é atrair tanto dinheiro de fundos soberanos quanto de parceiros privados.
No ano passado, a Arábia Saudita anunciou que vai aplicar US$ 10 bilhões no Brasil — com a maior parte do dinheiro concentrada no fundo soberano saudita, o Saudi Arabia Public Investment Fund (PIF).
O governo brasileiro estabeleceu um grupo de trabalho para viabilizar estes investimentos. Na época do anúncio da aplicação pelos sauditas, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sinalizou que o Novo PAC receberia parte relevante do montante.
Há a expectativa de que os fundos árabes atuem não somente como investidores majoritários nos projetos, mas também na posição de sócios. Em agosto do ano passado, o Pátria Investimentos venceu leilão e encarteirou concessão de rodovias no Paraná com apoio do PIF, por exemplo.
O PIF investiu US$ 31,6 bilhões em 2023 e se tornou o fundo mais ativo do mundo, segundo a consultoria Global SWF. Só no Brasil foram aplicados US$ 3 bilhões, sendo que US$ 2,6 bilhões foram para a Vale, via uma empresa controlada pelo fundo soberano.
Outros destinos dos técnicos do governo serão a Espanha, em março; a França, em abril; os Estados Unidos, em maio. Além da Arábia Saudita, serão visitadas China e Singapura no segundo semestre.
George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos Transportes, afirmou em entrevista que o investidor privado também estará na mira nestas viagens.
“Num primeiro momento a gente faz um evento no país, para 50 ou 100 pessoas, e depois uma série de reuniões bilaterais, com bancos e fundos de investimento, quando há a aproximação entre o Brasil e os operadores”, indica.