Direito de meação na sucessão: protegendo os direitos do cônjuge sobrevivente

Vinicius Lobato
Por Vinicius Lobato
4 Min Read
Eduardo Augusto da Hora Gonçalves

Segundo o Dr. Eduardo Augusto da Hora Gonçalves, o direito de meação é um conceito fundamental dentro do campo do direito sucessório, que visa garantir a proteção dos direitos do sobrevivente em um processo de sucessão. A meação refere-se à parcela do patrimônio deixado pelo falecido que é reservado ao cônjuge sobrevivente, assegurando-lhe uma parte justa dos bens adquiridos durante o casamento. Prossiga com a leitura e fique por dentro do direito de meação na sucessão.

Um pouco sobre o direito de meação

Em muitos sistemas jurídicos, incluindo o Brasil, o direito de meação é garantido ao sobrevivente como uma forma de compensação pela dedicação e contribuição para a construção do patrimônio do casal ao longo do casamento. Esse direito busca reconhecer o trabalho e o esforço conjunto do casal na formação dos bens comuns, independentemente da titularidade formal de cada um dos íntimos.

No Brasil, de acordo com o advogado Eduardo Augusto da Hora Gonçalves, o Código Civil estabelece que, na falta de um testamento, metade dos bens adquiridos na constância do casamento pertence ao sobrevivente sobrevivente. Essa regra é conhecida como regime de comunhão parcial de bens, que é o regime padrão aplicado na ausência de escolha explícita dos afiliados por um regime diferente.

Bens em que o direito de meação se aplica

Todavia, é importante observar que o direito de meação não se aplica a todos os bens do falecido. Certos tipos de bens, como os bens de natureza personalíssima, os bens anteriores ao casamento e aqueles adquiridos por meio de herança ou doação com cláusula de incomunicabilidade, não entram na partilha por meação.

Já, como indica o advogado formado pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, Eduardo Augusto da Hora Gonçalves, em casos nos quais o falecido deixou um testamento, é possível que ele tenha disposição de forma diferente sobre a meação do parente sobrevivente. O testamento pode estabelecer que o contemplado receba uma percentagem maior ou menor dos bens, ou até mesmo excluí-lo da sucessão em determinadas circunstâncias. É essencial consultar um advogado especializado em direito sucessório para entender as especificidades de cada caso.

Vale destacar que a proteção do direito de meação na sucessão busca evitar o desamparo financeiro do sobrevivente após a morte do companheiro. Esse direito assegura-lhe uma parte justa dos bens do casal, permitindo-lhe manter um padrão de vida condizente com o que foi construído durante o casamento.

Importância do direito de meação para a sociedade

Ademais, conforme aponta Eduardo Augusto da Hora Gonçalves, o direito de meação possui uma função social relevante. Ao garantir a proteção dos direitos do sobrevivente, ele contribui para a estabilidade e segurança das famílias, reconhecendo a importância do trabalho conjunto na formação do patrimônio. Isso é especialmente significativo em casos nos quais um dos íntimos responsabiliza-se exclusivamente das atividades domésticas, abrindo mão de uma carreira profissional para cuidar da família e do lar.

Em conclusão, o direito de meação na sucessão é uma proteção jurídica essencial para garantir os direitos do sobrevivente. Ele visa assegurar uma parte justa dos bens adquiridos durante o casamento, reconhecendo o trabalho e a colaboração conjunta para a formação do patrimônio do casal. É essencial buscar orientação jurídica especializada para entender as particularidades desse direito, especialmente em casos de testamento ou regimes patrimoniais diferentes.

Compartilhe esse Artigo
Leave a comment