Alckmin minimiza atrito entre Lira e articulação política do governo: ‘Ninguém precisa pensar igual’

Vinicius Lobato
Por Vinicius Lobato
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O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), minimizou nesta quarta-feira (17) o atrito entre a articulação política do governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, Lira avisou aos líderes partidários que vai dar prioridade para as pautas da oposição nas próximas semanas. Trata-se de uma reação ao depois do bate-boca com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Questionado sobre a posição de Lira, Alckmin afirmou que no Brasil os poderes são independentes e harmônicos. Ele citou a aprovação da reforma tributária, em 2023, como exemplo do trabalho conjunto entre Congresso e Planalto.

“Ninguém precisa pensar igual, mas é importante trabalhar junto pelo Brasil”, disse Alckmin.
O presidente participou nesta terça de um evento sobre a relação entre Brasil-China organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), em parceria com a Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS).

Alckmin está no exercício da presidência por causa da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (SP) à Colômbia.

Questionado se há harmonia entre o governo e o Congresso, Alckmin afirmou que sim, mas que se trata de uma harmonia “agitada”.

“Sempre tem [harmonia]. Ela é agitada, mas tem”, disse.
Conforme o blog do Valdo Cruz, Lira disse a líderes que, em sua opinião, é retaliado pelo Planalto mesmo depois de ter aprovado as principais pautas apresentadas por Lula.

O presidente ignorou as críticas de Lira a Padilha e afirmou recentemente que pretende manter o auxiliar à frente da articulação política do governo.

A pauta que Lira pretende priorizar nas próximas semanas trata de mudanças na legislação para dificultar invasão de terras e de projetos da área de costume.

Lira também prevê instalação de cinco comissões parlamentares de inquérito (CPIs). A oposição costuma utilizar as CPIs para desgastar o governo.

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